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PARAÍSO DO TOCANTINS

Servidores entram em greve na próxima segunda

25 maio 2011 - 12h16

Com um minuto de silêncio pela morte de dona Zélia Farias Mota, servidores do Município de Paraíso, faz Assembléia Geral e votam pelo Estado de Greve.

Sem acordo entre as partes, o SIMPA reuniu os servidores municipais de Paraíso do Tocantins e em Assembléia Geral decidem pela greve a partir de segunda-feira, 30


Com a ausência do Presidente do SIMPA, Dr. Luiz Antonio, cuja mãe faleceu na tarde de hoje em Minas Gerais, a Assembléia Geral dos servidores do município começou com um minuto de silêncio pelo falecimento de dona Zélia Farias Mota e sob a direção da Vice-Presidente Elivânia Maria da Silva, que falou da reunião do SIMPA com o pessoal da Administração Municipal, onde se ouviu muito falar de Lei de Responsabilidade Fiscal e de Limite Prudencial e pouco se evoluiu nas pretensões dos servidores.

Para Elivânia a proposta encaminhada pelo SIMPA foi considerada faraônica pelos Secretários da atual Administração e com intuito de prejudicar a Administração Municipal, sob a alegação de que a Prefeitura está no Limite Prudencial, quanto a sua folha de pagamento.

Elivânia leu o ofício resposta com a proposta da Administração em que esta concordaria em conceder apenas 5,9% de reajuste salarial, desde que o PCCR não entrasse nas discussões este ano de 2011. E os próprios Secretários não garantiram que o mesmo pudesse ser implantado em 2012, por ser ano eleitoral. Diante disso, o SIMPA deixou a reunião sem acordo firmado.

O Diretor de Políticas do SIMPAS, Antonio Pinas, ao usar da palavra, convidou para a mesa o Dr. Rodrigo Coelho, Advogado do Sindicado e que acabava de chegar de Palmas-TO. Já o professor Idelvan Cavalcante disse em sua fala que nos últimos dias estudou bastante sobe Limite Prudencial e questionou a Administração dizendo: “Se a folha está no limite Prudencial, porque não se reduz os gastos com ela, dispensando os excedentes e parando as novas contratações que são feitas quase todos os dias? Pesquisei também o repasse do FPM, e só nos últimos três meses houve um acréscimo de R$ 1.498.980,38. Acho que está faltando uma fiscalização mais eficiente dos Vereadores nesse sentido, a fim de questionar a arrecadação municipal. Queremos saber quem está falando a verdade”.

O Vereador Lafaiete Lobo (PT) e Presidente da Câmara, disse que “nestes dois anos e meio este Prefeito nunca se preocupou com o funcionalismo, por isso, não esperem nada deste Prefeito”.

Já o Vereador Neivon Bezerra (DEM) foi mais contundente. “O prefeito fez um pedido de reconsideração sobre o concurso de 2005 ao TCE, só que ele não sabe que o TCE não trabalha com “jeitinho”. No caso do Concurso quem tem que falar é a Justiça e esta si quer foi acionada neste caso. Quero falar também da entrevista do Secretário de Administração na rádio. Ele quis colocar a sociedade contra os servidores. Ele se esquece que foi este Prefeito que prometeu em palanques, salários dignos para os servidores. Foi ele quem disse que levaria Paraíso a sério. A força está com todos vocês. Por isso lutem, pois sem luta na há conquista. Nós, Vereadores, estamos do lado dos servidores nesta luta. A sociedade está do lado dos servidores. Aquela paralisação teve resultado sim. Eles não deram 5,9% de reajuste? Agora esta Administração se colocar 100 trilhões nos cofres públicos eles continuam falando em Limite Prudencial. A Secretária de Educação não conhece do ramo e não fala a língua do servidor.”

O Dr. Rodrigo Coelho falou sobre o Concurso: “Se não houve ação não haverá contestação. Neste momento é imprescindível o equilíbrio de todos. A responsabilidade do serviço público é do Administrador. O servidor é insubstituível na sua função. Nem a máquina poderá substituir totalmente a função do servidor. Se o Limite Prudencial está onde está não é culpa do servidor, mas, do Administrador. Devemos construir uma pauta séria e condizente com a realidade. Não me venham falar em Comissão, pois só cheira a embromação. O reajuste da inflação é Lei. Não têm que se discutirem valores. Cabe observar o prazo de 72 horas e marcar o dia e a hora para a Greve começar. Neste caso a fonte pagadora é única e se a greve incomoda a instabilidade incomoda muito mais. Vamos fazer o ofício comunicando a paralisação

A Conselheira da Educação, professora Rose ao falar disse que a Prefeitura tem mais de R$ 500.000,00, em caixa, verba do FUNDEB, mas, que eles falam que não podem gastar agora, talvez no final do ano. O melhor é aceitar esta proposta da Administração (apupos).

A servidora Madalena disse que está como muitas outras, no período probatório e no ato da posse, foi obrigada a assinar um documento se eximindo de participar de quaisquer movimentos reivindicatórios por salários ou vantagens, no que o Advogado, Dr. Rodrigo Coelho disse que é inaceitável esta proposta por ser considerada assédio moral. Inclusive pediu cópia de documentos neste sentido para entrar com Ação contra o Município, se for o caso.

O Fiscal de Trânsito, Renan Gama fez um desabafo e falou das perseguições que vem sofrendo por parte da Administração. “Mandaram-me para o lixão, mas, eu não fui. Proibiram-me de ir trabalhar nas ruas para não receber a produtividade. Com este prefeito não tem acordo. Este prefeito não sabe que ele é também, um funcionário público”.

Finalmente foi colocada a proposta de Greve Geral a partir do dia 30/05, no que foi aprovada por unanimidade. (Ademir Rêgo/Surgiu)