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CAÇA-NÍQUEIS

Vereador de Gurupi teve participação na máfia

06 maio 2011 - 11h07

A Polícia Civil de Gurupi, após denúncia anônima, recebida no dia 02 de março do corrente ano, tomou conhecimento que no Bar, denominado Cinco Estrelas, existiam máquinas caça-níquel em atividade.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Drº Guilherme Rocha, foi determinado aos agentes de polícia o imediato deslocamento ao bar, sendo constatado que no local havia 04 (quatro) máquinas caça-níquel, bem como foi encontrado na residência de um dos envolvidos mais 21 (Vinte e uma) máquinas.

Durante o depoimento dos acusados, foi mencionado o envolvimento do vereador “Marcão do Povo”. Diante dos fatos foi instaurado inquérito policial e após investigações foi confirmado a participação do vereador citado com a “Máfia dos Caça-níqueis”.

“Ressalta-se que o inquérito é munido de diversas provas testemunhais onde todos os depoentes afirmam que só instalaram as máquinas devido à presença do vereador Marcão do Povo”, declarou o delegado.

O esquema
Richard e Rogério eram os responsáveis pelo primeiro contato com os comerciantes. Eles tentavam convencer os proprietários dos estabelecimentos comerciais a instalarem as máquinas caça-níqueis, argumentado que a prática era legal, e que poderiam fazê-lo sem problema algum, pois 30% do lucro dos equipamentos seriam destinados à APAE.

O vereador Marcão do Povo se fazia presente nos estabelecimentos comerciais utilizando-se da notoriedade e respaldo que a função de vereador lhe outorga para convencer os comerciantes, argumentando, também, que a prática já estava legalizada, que seria repassado 30% dos lucros para a APAE e etc.

Durante as investigações também foi constatado que a instituição assistencial APAE, não possui qualquer envolvimento com essa prática contravencional, configurando-se também como vítima da organização criminosa.

Foram indiciados pela prática contravencional de Exploração de Jogos de Azar – Art. 50 da Lei 3.688/41, Marcos Paulo Ribeiro Morais “Marcão do Povo”, Richard Costa Guimarães e Antônio Rufino Neto.


Serão encaminhadas cópias do inquérito policial para o Ministério Público, bem como para a Câmara dos Vereadores, para instauração de Inquérito Civil por ato de improbidade administrativa, enquanto a Câmara Municipal poderá apurar a quebra de decoro parlamentar por parte do vereador. (Ascom/ SSJC)