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CARMOLÂNDIA

Após 30 dias preso, prefeito é solto e tentará reaver o mandato

25 agosto 2011 - 21h42

Da Redação


O prefeito de Carmolândia, João Holanda Leite, popularmente conhecido como Bogó, que estava detido desde o dia 19 de julho, foi solto nesta quinta-feira, 25.

Bogó conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade e segundo informações recebidas na redação do Portal O Norte, o prefeito não deverá assumir o cargo neste momento, no entanto, tentará pelos trâmites legais, reaver o mandato.

Entenda o caso
A prisão do prefeito foi efetivada com base em provas produzidas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e investigação paralela da Delegacia Estadual de Investigações Criminais Complexas – DEIC que apontavam atos de improbidade administrativa que foram descritos como crimes, o que culminou na prisão cautelar de Bogó.

Conforme a Ação, João Holanda utilizou notas fiscais falsas de sete estabelecimentos comerciais situados na cidade de Imperatriz/MA para se apropriar ou desviar bens públicos. As notas fiscais utilizadas para suposta aquisição de materiais escolares, peças para veículos e materiais de construção, não foram reconhecidas como autênticas pelos comerciantes, que declararam ser falsas por meio de certidões registradas em cartório.

Em auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no município, referente ao exercício financeiro de 2009, várias irregularidades foram detectadas, dentre elas o fracionamento de despesas que tinham como objeto as referidas “notas frias”.

Durante a prisão, coordenada pelo delegado Rossílio Sousa Correia, novos documentos foram apreendidos, o que validariam as acusações.

De acordo com informações da 6ª Promotoria de Justiça de Araguaína, foram ajuizadas três Ações Civis Públicas contra o prefeito e outros envolvidos, atendendo ao pedido do MPE. Em abril deste ano, a Justiça chegou a afastar João Holanda do cargo, mas ele foi reintegrado ao cargo pelo Desembargador Bernadino Luz.

Admitiu
Quando foi preso, Bogó admitiu que tinha conhecimento de tudo o que estava acontecendo em sua administração, mas alegou que não era ele que praticava os crimes de peculato e apropriação de dinheiro público, e tentou passar a responsabilidade para o secretariado.