A Justiça negou, na tarde desta quarta-feira (12), o pedido de anulação do processo de homem suspeito de matar a ex-namorada em Palmas, Patrícia Aline, na região central do Estado.
Os advogados de Iury Italu Mendanha pediram a anulação do processo pois, segundo eles, a defesa havia sido prejudicada pela falta de acesso a trecho do inquérito policial e solicitou que o acusado fosse solto e o processo reiniciado.
O juiz Cledson José Nunes Dias disse, em sua decisão, que os advogados não conseguiram provar qualquer prejuízo, já que a decisão de levar o réu à júri popular não se baseou nos documentos citados pela defesa.
O magistrado ainda disse que os antigos advogados "apresentaram defesa, arrolaram testemunhas, participaram da instrução requerendo provas e inquirida as testemunhas arroladas e, ao final, apresentaram alegações finais" e não pediram acesso aos documentos.
O advogado ainda pediu a soltura do acusado, alegado o excesso de prazo de prisão preventiva, já que Mendanha está preso desde 2018. O juiz também negou o pedido e disse ser "imperioso reconhecer a periculosidade social do réu e o risco à aplicação da lei penal".
O caso
Iury Mendanha é acusado de matar a ex-namorada, Patrícia Aline. O caso se tornou conhecido após a divulgação de mensagens enviadas por Patrícia dos Santos a uma amiga. Nas conversas, ela revelava o medo que tinha de ser morta pelo ex-namorado.
Iury Mendanha confessou o crime em um vídeo feito pela Polícia Civil, na época em que foi capturado e durante as audiências de instrução do caso, diante do juiz. No interrogatório, ele disse que o crime não foi premeditado e que se descontrolou após a vítima mostrar uma foto que comprovava uma traição.
Atualmente, o acusado está preso na Cadeia Pública de Barrolândia, onde aguarda julgamento. A Justiça já tinha determinado que ele fosse a júri popular, mas devido à pandemia, a audiência foi adiada diversas vezes.