Espaço aberto e democrático à participação, tanto de novos como de escritores já consagrados, o Café Literário, considerado uma das pérolas da Flit – Feira Internacional do Tocantins deverá proporcionar o lançamento de 72 novos títulos, dos quais em torno de 90% são de autores tocantinenses, conforme a organização deste circuito da feira. Estão previstas ainda 22 palestras com escritores do Tocantins e seis mesas redondas, com convidados de diferentes regiões.
Junto com a meta do Governo do Estado de abrir mais espaço à participação, desde os autores infantis, juvenis, livros das escolas (estaduais), como uma de Palmas e outra de Gurupi, àqueles iniciados e os consagrados - está a preocupação em que seus trabalhos alcancem mais visibilidade e divulgação, explica Rosane Farias, organizadora do Café Literário na 7ª Flit, que acontece de 25 de julho a 3 de agosto próximo.
Os visitantes ao recinto poderão conferir lançamentos no campo da poesia, romance, ficção, direito, pesquisa de resultado científico, dentre outros. No local, contarão com shows regionais, oficina literária, de poesia, apresentação da Academia Brasileira de Cordel, palestra com o poeta-letrista carioca Abel Silva, autor de composições gravadas por artistas famosos da MPB e palestra com o jornalista paulista Antônio Rossini, com o tema Jornalismo e Literatura, entre outros tantos assuntos.
Ampliação de universos
Participante de outras edições da feira e agora como palestrante, o médico e escritor portuense Célio Pedreira diz que a possibilidade de realizar exposições dialogadas modificaram o cenário das oportunidades para os escritores tocantinenses. Ele afirma que com as palestras sendo remuneradas o escritor pode optar por investir o recurso numa publicação de custo baixo, diferente dos anos anteriores quando nenhum recurso era destinado ao autor local.
Pedreira, que discorrerá na palestra “A necessária crônica Tocantinense”, assinala por exemplo que a crônica pode trazer crítica sobre a nossa realidade com um formato leve e ao mesmo tempo picante; o que mais interessa é como o leitor traduz isso para sua imaginação e seu realismo. Enfatiza que a idéia de colocar o estado no cenário estadual, nacional ou internacional no universo da literatura é muito positiva e essencial. “O importante é existir esta inserção no mundo da literatura”, frisa o auto, que na edição anterior teve a experiência de fazer o lançamento do Web Livro, como projeto de produzir literatura de baixo custo. Trabalho por sinal incluído num livro didático produzido em São Paulo. (Da Secom/Crédito foto: Elias Oliveira/ Secom)