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Parada do orgulho gay causa polêmica em sessão na Câmara de Araguaína

09 novembro 2010 - 10h55

Na manhã dessa segunda-feira, 8, um assunto bastante polêmico foi posto em debate, na Câmara Municipal de Araguaína. Representantes do grupo de Direitos Humanos Afrodite e líderes religiosos afrontaram-se na Tribuna a respeito do tema homossexualismo. A discussão também envolveu o vereador Gipão (PR) que foi acusado de discriminação.

Lídia Barros, representante do grupo, solicitou e utilizou a Tribuna Livre para solicitar o apoio dos vereadores ao evento da “Parada do orgulho Gay” que o grupo pretende realizar no dia 11 do próximo mês na cidade de Araguaína.

Durante a sessão, um dos líderes evangélicos que estava presente, pastor Idézio Luis, a pedido do vereador Gipão, utilizou a tribuna para apresentar seu posicionamento contrário ao Homossexualismo. Em suas palavras, o pastor admitiu a liberdade de expressão do movimento, porém questionou a necessidade do grupo em solicitar o apoio da Casa: “Quando queremos realizar nossos eventos, nunca vi um pastor vir pedir apoio dos vereadores”, explica o pastor.

Já Lídia, em seu discurso, enfatizou a alienação dos líderes religiosos e ressaltou a importância do direito democrático: "Eles deviam respeitar o que diz nos direitos humanos, nós não fomos lá à igreja pedir o apoio deles, por isso a gente quer que eles nos respeitem, assim como respeitamos não indo lá, pois sabemos que eles não são a favor de nossa causa. Nós não queremos mudar a cabeça de ninguém, nós viemos aqui para pedir o apoio político dos vereadores para que nosso evento se realize.”, argumenta Lídia.

Ainda na Tribuna, Lídia acusou o vereador Gipão de discriminação e “armação” contra o grupo: “Isso foi um processo de aglomeração em torno de rebater esse evento que vamos promover eles querendo ou não, eu acho que o vereador Gipão armou para que os pastores viessem aqui rebater a nossa visão”disse.

O vereador por sua vez, negou as acusações de Lídia e defendeu-se argumentando ser a sessão pública e com direito à liberdade de expressão: “O que eu pedi foi apenas o espaço para os pastores falarem, não no sentido de virar polêmica, mas para que nós pudéssemos ouvir os dois lados” e ainda completa ”Eu Aldair, como cidadão não tenho nenhum medo de dizer à sociedade que eu sou contra, eu não sou contra o homossexual e a lésbica, sou contra o ato.” Explica o vereador.

Questionado sobre a rara participação de grupos religiosos em sessões na Câmara, o pastor Idézio Luis explica-se dizendo que “temos falado sobre o assunto com o prefeito e com o presidente da Câmara Elenil da Penha, nós não temos nos omitido, não temos deixado de falar na sociedade”.