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DESCOBERTA

Cientistas encontram registro mais antigo de humanos nas Américas

24 setembro 2021 - 15h09Por r7 Notícias

Uma pesquisa conduzida por arqueólogos de diferentes lugares do mundo encontrou evidências das pegadas humanas mais antigas já registradas nas Américas.

De acordo com o estudo, publicado na revista Science nesta sexta-feira (24), os rastros foram encontrados no Parque Nacional White Sands, localizado no estado do Novo México, nos EUA.

Os pesquisadores acreditam que as antigas pegadas achadas em um lago do parque datam de 21 mil a 23 mil anos atrás, o que representa o registro mais antigo da ocupação de humanos nas Américas já descoberto.

“As pegadas têm uma maneira de conectar você com o passado que é diferente de tudo. É muito poderoso colocar o dedo na base de uma pista e saber que alguém andou por ali 23 mil anos atrás”, afirma o geocientista Matthew Bennett, da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, em comunicado divulgado pela Science.

Foram encontrados pelos pesquisadores aproximadamente 60 “rastros fantasmas”, que recebem esse nome porque aparecem e desaparecem continuamente na paisagem, no parque norte-americano.

De acordo com os pesquisadores, as pegadas humanas estavam ao lado de vestígios deixados por mamutes e bichos-preguiça, e o cálculo da idade destes registros foi feito por meio da datação de radiocarbono (carbono 14) de plantas aquáticas presentes nas pegadas.

Neste método, os cientistas analisam a quantidade de carbono 14 tanto em fósseis de pessoas e animais, quanto em plantas. Esse número diminui ao longo do tempo e com isso os pesquisadores conseguem identificar um dado aproximado de quando esses seres vivos morreram.

Por muito tempo os especialistas acreditaram que os primeiros humanos chegaram no território americano há cerca de 13 mil anos, devido a vestígios de pedras encontradas na América do Norte.

Contudo, descobertas mais recentes de ossos de animais no México, que segundo estudos datam de 30 mil anos atrás, e de ferramentas de pedra no Texas, de 16 mil anos atrás, já tinham colocado em cheque os estudos mais antigos sobre a presença humana nas Américas.