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ROMENIA BRITO

Família de brasileira morta no exterior faz vaquinha para repatriar o corpo

25 novembro 2020 - 17h03Por G1 Tocantins

O pai da brasileira Romenia Brito, assassinada na Guiana Francesa, viajou nesta quarta-feira (25) para tentar encontrar uma forma de repatriar o corpo da filha e voltar ao Brasil com os dois netos. A vítima deixa três filhos — os dois mais novos, de 10 e 5 anos, moravam com ela, e o mais velho, de 13 anos, no Brasil.

Dona de casa, a tocatinense Romenia Brito, de 28 anos, foi morta a facadas em uma vila que fica nas margens do rio Lawa, na divisa da Guiana Francesa com Suriname. Segundo autoridades locais, o principal suspeito do crime é Aimar Lopes de Souza, marido da vítima e que também é brasileiro. A família de Romenia é de Buriti do Tocantins, na região do Bico do Papagaio.

A família precisou pegar dinheiro emprestado para conseguir a passagem de ida, que custou mais de R$ 9 mil de Belém (PA) até Paramaribo, capital do Suriname. Sem condições, eles lançaram uma campanha nas redes sociais para tentar conseguir apoio financeiro.

"Tivemos ajuda de amigos, da família, pegou emprestado para conseguir chegar lá. O custeio para ficar lá vai ser todo por nossa conta e para voltar e trazer as crianças não sabemos como vai ficar. Só o necrotério onde o corpo está soubemos que a diária é de 80 dólares", disse Holanda Brito, irmã da vítima.

Traslado do corpo

A família reclamam da falta de informação e apoio do governo brasileiro. Nesta terça-feira (25), a família recebeu um e-mail do Ministério das Relações Exteriores orientando que procurassem a embaixada em Paramaribo e afirmando que a família deveria arcar com as despesas.

"É importante observar que não há previsão legal ou orçamentária por parte do governo brasileiro para pagamento das despesas funerárias, nem do enterro, nem do translado corpo/cinzas para o Brasil. Desta forma, antecipamos que a família deverá arcar com tais despesas", diz trecho do documento.

A mesma informação foi enviada ao deputado tocantinense Célio Moura (PT), que pediu ao Itamaraty ajuda para a família. O G1 solicitou posicionamento do governo brasileiro sobre o caso nesta terça-feira (24) e quinta-feira (25), mas não houve resposta.

Família diz que falta informação

A família diz que não há qualquer informação por parte dos governos ou da polícia e só vai saber quanto tudo vai custar após o pai da vítima chegar a capital do Suriname. Ele está em Belém (PA) e deve pegar um avião ainda durante a tarde para Paramaribo.

"A gente não tem informações, não tem parente lá e ninguém que possa dar informação. O governo e as polícias de lá não passaram de nada. Estavam recebendo informações de vizinhos enquanto o corpo estava na vila onde o crime aconteceu", contou Holanda Brito Reis, irmã da vítima.