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LUZINÓPOLIS

Diretor de rádio revela ameaças de Carla e Luzmar

29 setembro 2011 - 09h50

O estudante de ciências sociais e diretor da rádio Luz FM, Dejanilson Ferreira, disse ao site Folha do Bico, que ao exemplo dos vereadores, também foi por diversas vezes ameaçado de morte pela prefeita Carla Cristina (PSDB) e por seu marido, secretário de administração, Luzmar Tomaz. A prefeita foi afastada de suas funções pela Câmara Municipal na terça-feira, 27, acusa de não colaborar com as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura irregularidades em sua administração.

Dejanilson conta que foi ameaçado pela primeira vez na noite do natal de 2009. Por volta das 17hs, estava no posto Santo Antônio com alguns amigos e funcionários, quando o motorista de Luzmar gritou para que ele corresse, pois Luzmar iria matá-lo. Fato que não aconteceu, pois pessoas conseguiram conter o secretário. “Esse dia foi muito difícil pra mim, eu tentei correr, mas não encontrei forças nas pernas, eles saíram com ele depois de muita luta, colocaram ele no carro aos berros me ameaçando e chamando de moleque, além de vários outros adjetivos que não há necessidade dos leitores saberem”, disse o radialista.

“Me recordo de tudo naquele dia que estava terminando, o tempo estava parcialmente nublado, eu com muito medo de morrer logo na tarde de natal, Fui para o quarto da Fernanda que na época trabalhava no posto e chorei, chorei muito, pensei em tudo. Na minha cidade, na minha família. Na época estava um pouco afastado deles, mas hoje graças a Deus estou bem, próximo da minha mãe. Naquela noite não dormi e nem abracei ela, mas hoje todos os dias dou um abraço nela. Quando a noite chegou o medo continuou, agora tudo isso por que eu havia pedido vários presentes de natal para amigos e parceiros da Rádio Luz FM e eles deram, mas deram muitos presentes e eu havia sorteado todos para crianças, jovens e todos, os ouvintes ligavam e ganhavam, celular, bonecas, carros, bola e vários outros presentes. O Luzmar e a Carla haviam feito uma festa intitulada “Natal dos Sonhos” e não havia tido muito resultado. Esse motivo fez ele partir pra cima de mim”, contou Dejanilson.

“Os dias foram passando e eu não conseguia falar mais na rádio, eu não tinha coragem, por várias vezes tentava, ligava o microfone e era como se eu estivesse ouvindo o Luzmar falar aqui pelo aquário dá rádio, um vidro que divide o estúdio da recepção. Os dias passavam e eu não conseguia falar e aqui criando um trauma e eu me perguntava será se um dia ainda consigo falar na Luz FM e nada não conseguia. Por vários dias acordei assustado ouvindo a voz dele batendo na porta e não é que aconteceu! Numa madrugada passaram aqui e atiraram, aí é que não consegui mais mesmo. O tempo passou, uns três meses depois tive coragem e voltei a falar. Sem nunca falar o nome dele e nem da prefeita. Aqui na rádio era isso que me intrigava, eu nada falava”, continuou Dejanilson.

O radialista continuou, “Além das outras onze ameaças um dia em 13 de junho de 2010 tinha um show da banda de Forró Moleca Sem Vergonha, organizado por mim. O show foi proibido pela Prefeitura. Daí o Luzmar me procurou e fez uma proposta. Queria que eu ficasse ao lado dele, ele iria cancelar a portaria que havia me colocado a disposição do município e me pagaria um bom contra cheque. Eu disse a ele apenas não”. Quando agora em 1º de abril deste ano eles me chamaram para trabalhar, pois tinham me afastado. Voltei a trabalhar e entrei com uma ação na Justiça contra a Prefeitura para receber pelos dois anos que fiquei afastado, pois durante esse tempo eles me deixaram com um salário de R$ 27,38 por mês. Mesmo assim todos os meses eu ia receber o salário lá na Prefeitura”.

Hoje não promovo mais festas aqui na minha cidade, apenas nas outras cidades vizinhas como Angico, Nazaré, etc”, comentou Dejanilson.

Dejanilson contou outros exemplos de ameaças. “Teve uma vez que faltou energia na cidade e o Luzmar passou por mim em um escuro, baixou o vidro do carro e falou que eu não tinha medo de morrer, assim andando sozinho, e disse que se me pegasse eu ia ver. Ele estava acompanhado da prefeita em um veiculo Pálio prata. Daí saíram sorrindo de mim. Sem esquecer do dia que ele passou por mim na BR-230 onde eu fazia caminhada. O Luzmar me acompanhou em um carro e me perguntou se eu corria mais que um carro. Nesse dia apareceu um outro veículo e ele saiu. Eu já estava perto da ponte sobre o ribeirão Brejo Feio apenas entrei no mato e não mais fiz caminhada sozinho naquela estrada, hoje faço na pracinha no centro da cidade”.

O radialista se diz satisfeito com a postura dos vereadores que tentam punir os desmandos feitos pelo casal no município de Luzinópolis.(Do Folha do Bico)