Quatro dos 18 presidiários que participaram da maior fuga em massa do Tocantins foram condenados no de sábado (28), depois de cinco dias de julgamento. As penas variam de 48 a 82 anos de prisão e somadas chegam a 268 anos.
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A rebelião seguida da fuga aconteceu em 2018, quando 28 presos saíram do presídio Barra da Grota levando uma professora e agentes penitenciários como reféns. Nove morreram após confrontos com policiais na operação de captura dos fugitivos. Vídeos mostram os moradores assustados com o grupo de fugitivos andando pelas ruas.
Veja os réus condenados e as penas de cada um:
- Francisco Vieira dos Santos (82 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão)
- Lindembergue Lima da Silva (condenado a 82 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão)
- Denis Alex Alencar de Brito (57 anos, 2 meses e 10 dias de reclusão)
- Rogério Morais Alencar (46 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão)
As penas começarão a ser cumpridas em regime fechado. Os integrantes do Conselho de Sentença acataram a tese de autoria coletiva dos crimes, sustentada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO). Os reús foram acusados da prática de diversos crimes, cometidos com o objetivo de realizar a fuga, entre eles os crimes de sequestro e tentativa de homicídio.
A sessão do Tribunal do Júri foi longa por causa complexidade do caso. Durante os cinco dias, foram ouvidas 40 testemunhas, 11 vítimas dos crimes e os 4 réus, além de apresentadas as manifestações da acusação e da defesa.
A sessão do Tribunal do Júri foi agendada para esta semana com o objetivo de julgar 18 réus. Porém, como uma das testemunhas do caso não compareceu, o julgamento foi desmembrado a pedido da Defensoria Pública e os demais 14 acusados serão julgados em uma data que ainda não foi definida.
Relembre a fuga
Como ocorreu a rebelião?
- A rebelião começou às 14h40 do dia 2 de outubro de 2018 e seguiu até às 16h, quando os presos saíram do presídio em grupo.
- A rebelião começou dentro da Escola Estadual Sonho da Liberdade, que funciona na unidade prisional.
- Os presos renderam a professora e depois tomaram as armas dos agentes penitenciários.
Quem foram os reféns?
- Seis pessoas foram feitas reféns, mas quatro ficaram feridos e foram deixados pelos criminosos. Entre os feridos estão os agentes penitenciário Mark Alves Garcia de Sousa, de 31 anos, e Magnun Alves Garcia de Sousa, de 28 anos; além de um funcionário de uma empresa terceirizada, Adssandro Alves Pereira. Eles foram internados e não correm risco de morrer.
Como os criminosos fugiram?
- Ao todo, 28 homens saíram pela porta da frente levando a professora e o agente como escudo humano.
- Criminosos passaram pelas ruas do povoado, atravessaram a TO-222 e entraram na mata. Vídeos feitos por moradores mostram a movimentação dos presos.
*G1 Tocantins