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CARTA MARCADA

Amastha e ex-secretários são alvos de operação da PF que investiga esquema de desvio milionário

21 julho 2020 - 09h25

A Polícia Federal deflagrou, em conjunto com a Controladoria Geral da União, na manhã desta terça-feira (21), a Operação Carta Marcada*, que tem como objetivo desarticular complexo esquema criminoso montado por agentes políticos, funcionários públicos e empresários para o direcionamento de licitações e desvio de recursos federais através de contratos de locação de veículos firmados por diversas secretarias municipais de Palmas/TO. 

Aproximadamente 130 Policiais Federais cumprem 35 mandados judicias, sendo 8 de prisão temporária e 27 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas expedidas pela 4ª Vara Federal do Tocantins. As ações estão sendo realizadas nos estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. 

Os contratos investigados foram fechados em 2014, durante a gestão do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB) que é um dos alvos da operação, bem como empresários e 5 ex-secretários. Endereços ligados ao ex-prefeito também foram alvos de busca e apreensão. 

O inquérito policial apura o conluio entre empresários e servidores públicos para fraudar licitações e desviar recursos públicos destinados a contratação de veículos para atender a prefeitura de Palmas/TO, além de outros crimes conexos, bem como a conduta daqueles que visam o aproveitamento das vantagens ilícitas. A organização criminosa, composta por três núcleos distintos, é suspeita de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões através dos contratos investigados.

Durante as investigações, policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União revelaram diversos elementos que apontam para a montagem de procedimentos para direcionar contratos superfaturados. Também foram identificadas transações financeiras suspeitas e inconsistências quanto a capacidade operacional para cumprimento dos contratos.

Os contratos investigados foram fechados em 2014, durante a gestão do ex-prefeito Carlos Amastha (PSB). A organização criminosa é suspeita de ter se apropriado de mais de R$ 15 milhões.

Com as ações de hoje, a Polícia Federal busca obter novas provas, coibir a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, bem como identificar e recuperar ativos frutos dos desvios. 

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. 

*O nome da operação é uma referência ao direcionamento dos contratos para uma determinada empresa.