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ACM Júnior responsabiliza Lula por ideia de recriação da CPMF

11 novembro 2010 - 10h07

Em discurso nesta quarta-feira (10), o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA) disse que a ideia de recriação da CPMF "o imposto do cheque", deve ter partido do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele disse estranhar que, poucos dias depois do fim das eleições, vários governadores eleitos tenham começado a aventar a possibilidade de recriar a contribuição.

Antonio Carlos Júnior disse que não viu nenhum dos governadores eleitos falarem sobre aumento de impostos durante a campanha eleitoral.

"Algum eleitor se lembra de ter visto um, pelo menos um, desses governadores eleitos defenderem a volta da CPMF? Claro que não. Os eleitores viram isso sim, todos reclamarem da excessiva carga tributária" disse.

A própria presidente eleita Dilma Rousseff, acrescentou o senador, defendeu várias vezes que o Brasil precisa de uma reforma tributária para desonerar a produção e a prestação de bens e serviços.

"Nem culpo a presidente eleita. Parece claro que a iniciativa partiu do presidente Lula, que mal esperou a abertura das urnas para chamar a Brasília os governadores ligados ao governo e lhes passar a missão espinhosa de defender o indefensável", opinou.

Para o senador, os governadores eleitos que defendem a volta da CPMF deveriam mobilizar forças para que a Emenda 29 seja regulamentada, pois prevê justamente mais recursos para a área da saúde. "O Brasil não precisa de mais impostos. Falta ao governo deixar de alocar para outras áreas a parte dos recursos que deveria ser destinada à saúde. Urge melhorar a qualidade dos gastos públicos e tornar menos concentrada e injusta a distribuição das receitas tributárias. Dinheiro não falta; faltam competência e sobriedade na gestão pública. Se nós tivéssemos menos corrupção, nós teríamos mais dinheiro para a saúde. Se o governo reprimir a corrupção, se gastar melhor os recursos, se enxugar a máquina e não expandi-la de forma brutal, vai sobrar dinheiro", afirmou.

Em apartes, o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse que o próximo governo federal tem todas as condições de promover uma verdadeira reforma tributária. (Da Agência Senado)