Apesar da covid-19 ser uma doença ainda nova para o entendimento médico, até momento não há estudo confirmando a transmissão pelo leite materno. Por isso a Secretaria da Saúde de Araguaína está orientando que mães continuem realizado a amamentação dos bebês durante a pandemia, atentando para as regras sanitárias que já são usadas no dia-a-dia, como uso de máscaras e higienização das mãos.
“A amamentação está fortemente ligada a redução da mortalidade infantil, além de outros benefícios. O contato com a pele também é muito importante para melhorar a regulação térmica dos recém nascidos”, explicou a coordenadora da Rede Amamenta em Araguaína, Pâmella Araújo. Além das mães lactantes, a orientação está sendo passada para mais de 1200 gestantes que têm acompanhamento pré-natal nas unidades básicas de saúde (UBS).
Durante a amamentação
A transmissão do novo coronavírus é por gotículas expelidas pela boca e nariz da pessoa contaminada, sendo assim para evitar esse contágio é necessário usar máscaras e higienizar as mãos com sabão, mesmo sem qualquer sintoma.
Caso tenha suspeita ou confirmação para doença, a atenção deve ser redobrada como limpeza, troca de máscara, touca, camisola e lençóis. Se tossir, espirrar ou a proteção ficar úmida, é preciso trocar por uma limpa, pegando pelas alças e higienizando as mãos novamente antes de colocar outra.
Ainda assim, estudos do Ministério da Saúde indicam que os recém-nascidos e bebês têm baixo risco de infecção por Covid-19. Entre os poucos casos confirmados de infecção por Covid-19 em crianças pequenas, a maioria experimentou apenas sintomas leves ou era assintomática.
Dificuldade para amamentar?
Caso a mãe tenha dificuldades para amamentar o filho deve procurar a UBS mais próxima e evitar o leite de outra mulher. A amamentação cruzada sem acompanhamento médico pode trazer riscos para a saúde da criança, pois algumas doenças são transmitidas pelo leite materno, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Doação de leite
O Município é parceiro do Hospital Maternidade Dom Orione (HDO), para onde encaminha as mães que querem doar o alimento. De acordo com a coordenadora do Banco de Leite da instituição, Luiza Theodoro, a demanda é grande. “Mensalmente, cerca de 80 bebês são internados e precisam do leite, principalmente quando nascem prematuros porque a produção de leite da mãe pode ficar comprometida”, explicou.
Para doar, a mulher deve entrar em contato por telefone pelo número 3411-8787/Ramal2358 ou no Whatsapp (63) 99247-0861. “A doadora não precisa ir até o HDO. Nós vamos até ela e ensinamos como retirar e armazenar, e também buscamos o alimento na casa”.
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