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Máscaras contra a Covid-19: saiba quais as melhores e quais evitar

12 junho 2021 - 09h23Por Meio Norte

Máscaras PFF2 (ou N95)

Bastante comentada, a PFF2 é uma máscara descartável que vem sendo bastante utilizada na pandemia em locais não hospitalares. A sigla significa ‘Peça Facial Filtrante’ e é capaz de filtrar partículas muito pequenas do coronavírus.

Em termos de proteção, a PFF2 é, para a população em geral, a melhor opção para evitar o contágio pelo coronavírus. Isso porque ela alia os fatores filtragem + vedação da forma mais eficiente: tem alta capacidade de filtragem e, se ajustada corretamente, não deixa folgas no rosto pelas quais o vírus pode entrar.

Se você não se adaptar aos elásticos na cabeça, também há opções de PFF2 certificadas com elásticos nas orelhas. Em termos de preço, as PFF2 também são vantajosas: elas custam, em média, de R$ 2 a R$ 10 a unidade. Uma busca online, em lojas de equipamentos de proteção individual (EPIs) ou de materiais de construção pode ajudar a achar ofertas.

Máscaras elastoméricas

A máscara elastomérica é esse modelo acima. Ela pode ser semifacial (quando cobre o nariz e a boca) ou inteira (cobre também os olhos). Normalmente é feita de materiais como silicone e/ou borracha. No Brasil, esse tipo de máscara costuma ter uma válvula de exalação.

Entre as principais vantagens da elastomérica em relação a outros tipos de máscara – inclusive as PFF2 – estão a melhor vedação, a possibilidade de reutilização por mais tempo e o potencial de filtragem maior. A médio e longo prazo, elas também saem mais baratas.

Originalmente, a intenção era que as elastoméricas fossem usadas em ambientes industriais ou de minas. Nesses lugares, é importante proteger quem usa das substâncias que estão no ambiente, mas a proteção de outras pessoas do ar expirado pelo usuário da máscara não é necessária.

Máscaras com válvula

Nas PFF2 valvuladas, a pessoa que usa está protegida de forma similar à que estaria se usasse uma PFF2 sem válvula (o ar não entra pela válvula). Se ajustada corretamente – assim como as PFF2 sem válvula – a valvulada fornece boa proteção, porque tem os mesmos índices de filtragem das não valvuladas.

O problema é que, como a válvula é de exalação, ela serve para facilitar a saída de ar. Nessa saída, se a pessoa que está usando a máscara estiver com o coronavírus, ela pode expelir partículas virais, ainda que em pequena quantidade, e infectar outras.

O uso de máscaras com válvula na pandemia só é permitido por profissionais de saúde de forma excepcional, quando houver escassez das máscaras não valvuladas. Mesmo assim, a exceção não se aplica a centros cirúrgicos, conforme uma nota técnica de fevereiro de 2020 da agência.

Máscaras cirúrgicas ou de procedimentos

Depois das PFF2 – com ou sem válvulas – as máscaras cirúrgicas e/ou de procedimentos são as mais eficientes na filtragem de partículas. Isso porque elas são feitas de tecido não tecido (TNT) – que podem ser de vários tipos e ter várias camadas.

Em um estudo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) viram que, depois das PFF2 – que tiveram 98% de eficiência de filtragem de partículas –, as máscaras cirúrgicas e de procedimentos tiveram eficiência de 87% a 91% na filtragem, conforme a quantidade de camadas. Quanto maior a quantidade de camadas, maior foi a eficiência.

Embora tenham a seu favor a eficiência de filtragem, o problema das máscaras cirúrgicas e de procedimentos costuma ser a vedação – elas acabam deixando folgas no rosto.

Máscaras de pano

As máscaras de algodão tiveram, no geral, 40% de eficiência de filtragem – o que significa que 60% das partículas conseguiam passar pela máscara. Algumas máscaras testadas filtravam apenas 20% das partículas; outras alcançavam 60%. Essa diferença ocorreu por causa de diferenças na grossura, malha e outras propriedades do tecido.

Um detalhe é que, no caso das máscaras de algodão, adicionar uma segunda camada ajudou a aumentar a eficiência de filtragem, mas uma terceira camada não mudou significativamente essa eficiência.

Máscaras KN95

Em tese, as KN95 são o equivalente chinês das PFF2 brasileiras e das N95 dos EUA. Existe ao menos uma marca que, de fato, tem uma KN95 certificada no Brasil.O problema, entretanto, é que muitas KN95 são falsificadas, importadas sem certificação ou não são testadas. Em maio de 2020, a Anvisa listou 51 marcas de máscaras do tipo KN95, importadas da China, que não conseguiram comprovar uma eficiência de filtragem mínima.