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ANANÁS

Professor é preso acusado de exploração sexual

25 novembro 2011 - 10h55

Uma importante operação da Polícia Civil, comandada pelo delegado, Afonso José Azevedo de Lyra Filho, em parceria com Polícia Militar, realizada na quarta-feira, 23, em cumprimento a três Mandados de Prisão Preventiva e um Mandado de Busca e Apreensão Domiciliar, expedidos pelo juiz de Direito da Comarca de Ananás, José Roberto Ferreira Ribeiro, levaram para a cadeia o professor Volmar Pires Carvalho, de 38 anos e Moises Coelho Gusmão, 29 anos que é bacharel em direito. A principio no Relatório de Operação Policial divulgado pela própria Polícia Civil consta que Moises Coelho seria secretário municipal de juventude, mas o secretário de planejamento, Vilson Saraiva, fez contato com a redação do jornal para negar veementemente a informação e dizem que Moises nunca foi e nunca será secretário na administração Raimunda Rosa.

Ainda resta cumprir o Mandado contra Alexandre Paes da Cunha, médico veterinário que é considerado foragido da Justiça. Alexandre é este na foto ao lado.

Os três foram indiciados pelo crime de exploração sexual de vulnerável, tipificado ao artigo 218-B do Código Penal, que comina pena de reclusão de 04 a 10 anos.

A Busca e Apreensão Domiciliar foi realizada pela polícia na residência do professor Volmar, cujo objetivo era apreender materiais pornográficos envolvendo crianças e adolescentes.

Conforme consta dos autos de Inquérito Policial os três indiciados estão mantendo relações homossexuais com adolescentes no município de Ananás, explorando os mesmos mediante paga ou promessa de pagamento de dinheiro.

A notícia da infração penal chegou até o conhecimento da polícia através de requisição do Ministério Público Estadual (MPE), que durante a oitiva informal do adolescente J. S. M. C. tomou conhecimento de suposto crime de favorecimento à prostituição de vulnerável, em tese praticado por Volmar.

Instaurado o Inquérito Policial, a polícia empreendeu diligencias para investigar o caso, tendo identificado inúmeras outras vítimas, todos adolescentes do sexo masculino, que estavam sendo induzidos à manter relação homossexual com os representados mediante pagamento de dinheiro.

Os adolescentes, ora vítimas, acompanhados dos respectivos pais, relataram à polícia em detalhes, os inúmeros abusos que os mesmos sofreram pelos três indiciados.

Volmar, José Roberto e Moises, todos homossexuais, recrutavam adolescentes do sexo masculino, de faixa etária de 14 à 16 anos, e induzia os mesmos à praticarem sexo oral e anal com os representados, mediante pagamento de determinada quantia em dinheiro.

Os valores que os representados pagavam aos adolescentes variavam de acordo com a modalidade de sexo que praticava com os mesmos, sendo que às vítimas recebiam em média R$10,00 (dez reais) para praticarem o chamado “sexo oral”, e R$30,00 (trinta reais) para praticarem o chamado “sexo anal”.

A maioria dos encontros amorosos aconteciam na residência de Volmar, que promovia festas e orgias com o intuito de induzir adolescentes à prostituição.

A maioria dos adolescentes apresentaram sintomas de depressão como baixo rendimento escolar, problemas de comportamento com a família, vergonha de si mesmos etc., sendo que uma das vítimas alegou ter contraído sífilis, uma doença sexualmente transmissível.

Até o presente momento foram confirmados 9 adolescentes vítimas do grupo de exploradores. (Do Folha do Bico)