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COLUNA

Vitrine Cultural

por Dágila Sabóia
COMBATE AO CRACK

Novo Projeto tentará combater o avanço do crack em Araguaína

23 março 2011 - 12h08

Da Redação


Aconteceu na noite dessa terça-feira, 22, o lançamento do Projeto de combate e prevenção ao crack na região de Araguaína “Um cachimbo na mão, uma vida no chão”. O evento aconteceu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade de Araguaína.




Instituições e Autoridades
A solenidade contou com a presença e participação de representantes de importantes instituições do município como as Faculdades Católica Dom Orione (FACDO) e Universidade Federal do Tocantins (UFT), Polícias Militar e Civil e Secretarias Municipais de Educação e Saúde. Lideranças do município também marcaram presença no evento, como o vice-prefeito, Amilton Alves Cardoso (PMDB) e o secretário de Desenvolvimento Social e Habitação, Jota Patrocínio, além de diretores de escolas municipais e estaduais entre outros convidados.

O projeto
Com o tema "Dê um drible no CRACK, joque essa PEDRA no lixo!", o Projeto "Um cachimbo na mão, uma vida no chão” foi idealizado e elaborado por José Armando de Castro, que também está à frente de um importante trabalho filantrópico na Associação de Voluntários e Amigos dos Portadores de Câncer de Araguaína (AVAPCA).

Em entrevista à equipe de reportagem do Portal O Norte, José Armando explica que a ideia do projeto partiu da realidade em que a sociedade araguainense tem se deparado no que diz respeito à disseminação de usuários de drogas, em especial o crack: “O crack é uma questão séria e gritante em Araguaína e que precisa ser enfrentada com todo o envolvimento de entidades públicas, privadas e da própria sociedade”, observa José Armando.

De acordo com José Armando, o Projeto tem a finalidade de criar um Centro de tratamento e reabilitação de narcodependentes na cidade: “Esse espaço é pra acolher tanto a família quanto o próprio usuário pra que possam ser assistidos e inseridos no âmbito social de uma forma digna e humana”. José Armando destaca que a questão das drogas é um problema de toda a esfera social: “Objetivamos criar um comitê pra defender a ideia de que a sociedade precisa se unir e se organizar para combater o crime organizado que tem destruído famílias todos os dias especialmente em nossa cidade”.

Captação de recursos
José Armando apresentou ao público presente uma sinopse do conteúdo do Projeto e esclareceu que este possui um formato que dentro dos protocolos mais exigentes está pronto para ser apresentado para qualquer organização, seja ela, pública Federal, Estadual ou Não Governamental, visando a captação de recursos.

Amilton da Caixa
Representando o Executivo Municipal, o vice-prefeito, Amilton da Caixa, que inclusive é autor da Lei que criou o Conselho Municipal Antidrogas em Araguaína, na oportunidade elogiou a iniciativa do idealizador do projeto e em suas palavras declarou apoio à campanha destacando a necessidade de um envolvimento de toda a sociedade: “Muitas coisas são feitas isoladamente e é preciso que cheguemos a um consenso. A iniciativa é louvável e nós temos que abraçar a causa. Penso que essa iniciativa é uma grande oportunidade de alcançarmos essas pessoas e fazendo uma somatória de todos os esforços com certeza conquistaremos o objetivo proposto pelo Projeto”.

Judiciário
O Juiz da 2º Vara de Execuções Penais da Comarca de Araguaína, Dr. Álvaro Nascimento Cunha, também aprovou a iniciativa do projeto e falou ao Portal O Norte da importância de se divulgar para a sociedade o quão grave é o problema das drogas. “As drogas, hoje atinge todas as camadas sociais e a criação deste Instituto permitirá ao dependente químico recuperar-se e reintegrar-se na sociedade”.

Dr. Álvaro, também ressaltou à importância da estrutura familiar no que diz respeito à prevenção do uso de drogas: “Podemos constatar a vulnerabilidade familiar em que muitas pessoas estão inseridas e isso é um fator preocupante pois os valores e a estrutura familiar mudaram muito hoje e pra pior. Estamos nos deparando com uma geração de “abandonados”, muitas crianças que hoje tem 4,5,6 e 8 anos por exemplo, amanhã serão os jovens adultos que compartilham espaço na sociedade e com que valores? Sem orientação familiar a situação fica delicada, por isso precisamos de respostas imediatas da sociedade para que possamos garantir a nós e nossos filhos um futuro tranquilo”, pontua.